Sinopse
Ferdinando, rei de Navarra, e três lordes querem cultivar o espírito e o
conhecimento. Decidem-se então a três anos de jejum, abstinência
sexual, muito estudo e pouco sono: quem for flagrado com uma mulher será
acusado de traição. Mas logo chegam a princesa da França e três damas
de companhia, fazendo com que os homens se arrependam amargamente dos
seus juramentos. Cartas são escritas e entregues ao destinatário errado,
disfarces e máscaras roubam a cena nesta hilariante e atualíssima
comédia de Shakespeare sobre a dificuldade de se manter a palavra.
Escrito entre 1595 e 1596, trata-se de um trabalho da juventude do autor
e um dos mais exuberantes e espirituosos dos seus textos.
Autor: William Shakespeare
Editora: L&M Pocket Plus
Páginas: 138
Ano: 2006
ISBN: 8525412384
Uma verdadeira comédia. Nunca tinha lido nenhuma obra de Skakespeare, por achar que teria dificuldade na leitura, pensando ser muito rebuscada. Mas me enganei nessa obra. É um lado de Skakespeare que nunca pensei encontrar em livros. Ele foi irônico, sarcástico, meloso, amante, companheiro das falhas humanas. Esta obra demonstra que não devemos substimar o amor, pois ele pode chegar quando menos esperamos. Realmente fiquei encantada com o livro e recomendo a todos lerem.
Ele é pequeno, e mesmo com seus poemas e versos, é possível compreender qual o sentindo do texto, pois anteriormente vem relatando sobre ele.
O livro vem em primeira pessoa, o que já me agrada. Como sabemos, os textos de Skakespeare são obras teatrais e esse não é diferente. Não há diferença entre o apóstofo ( - ) ou se vier acompanhando do nome do transmissor. Possui leitura fácil.
Três nobres cavalheiros junto com rei Ferdinando, decidem fazer um juramento, o qual obrigava-os a ficar sem ter contato com uma mulher durante três anos. Quem descumprisse o juramento seria castigado da forma como o rei quissesse e a mulher seria possivelmente morta.
O que eles não esperavam é que assim que fizessem o juramento, uma princesa e suas damas de companhia chegassem a cidade para requerer uma dívida.
Longaville [pegando outro papel] - Este aqui deve servir. [Lê o poema:]
Penso que a celestial retórica do teu olhar,
Que argumento nenhum consegue contrariar,
Persuadiu a cometer perjúrio o meu coração.
Quebrar promessa por ti tem que ter perdão.
Jurei não ver mulher, mas posso provar que te olhar,
Sendo tu uma deusa, não é perjurar;
Meu juramento foi mundano, mas tu és divina.
Ganhar teu afeto é dádiva que ilumina.
Palavras são mero vapo; jurar é soprar no ar.
Tu, estrela solar, aqueces o meu mundo
E podes fazer esse juramento evaporar.
Se perjurei, não me culpes nem um segundo.
Que louco não cometeria a bela sensatez
De perjurar para ir ao paraíso uma vez?
Pag. 74
Já sabemos o que acontece agora; eles se apaixonam perdidamente pelas quatro senhoritas. O primeiro acaba se deletando de cara e por isso foi castigado com um jejum a base de pão e água por uma semana.
Eles chegaram ao ponto de perceber, que não adiantava nada respeitar o juramento e desrespeitar o amor, aquele sentimento que na bíblia relata como amar primeiro ao seu próximo depois a si mesmo.
Encontraram um motivo para terminar com o juramento. E assim o fizeram.
Bom, se querem saber o que acontece depois, recomendo que leiam, pois acredito que não irão se arrepender. O amor está em todas as páginas e seria ótimo ser imundado por essas "bobagens".
Há muito aprendizado nessa leitura, pois o autor vem falando até das figuras de linguagem.
Espero que tenham gostado. Comente
Andressa Santos
quinta-feira, 23 de agosto de 2012